Segundo informações divulgadas pelo MST, o Incra se comprometeu a regularizar outros acampamentos em Minas Gerais, como o Quilombo Campo Grande em Campo do Meio, o Acampamento Terra Prometida em Felisburgo e áreas da empresa Suzano no Vale do Rio Doce. Além disso, as 500 famílias que ocuparam a fazenda Aroeiras em Lagoa Santa receberam a promessa de um assentamento alternativo.
Em nota oficial, o MST ressaltou que, embora concorde com a desocupação da área, continuará realizando movimentos de ocupação de terras como forma legítima e democrática de luta pela reforma agrária. O movimento destacou que esta ação permitirá avanços significativos em Minas Gerais e no Brasil.
O Incra também se comprometeu a disponibilizar duas áreas públicas para o assentamento das famílias que estavam na ocupação em Lagoa Santa, dentro de um prazo de 30 a 60 dias.
A ocupação da fazenda Aroeira teve início em 8 de março, quando as famílias alegaram que a propriedade de 250 hectares estava abandonada há sete anos e era improdutiva. O MST reivindicava a desapropriação do local para a realização da reforma agrária.
No dia 10 de março, a Justiça de Minas Gerais negou o pedido de reintegração de posse feito pelos proprietários da fazenda, alegando que não foi possível comprovar a posse legítima do território.
Dessa forma, a saída pacífica das famílias da fazenda em Lagoa Santa representa um desfecho positivo para a situação, com perspectivas de soluções concretas para outras áreas de ocupação no estado de Minas Gerais. A luta pela reforma agrária continua sendo uma pauta relevante e presente no cenário nacional, com o MST atuando como um dos principais articuladores deste movimento social.