A vítima, que não teve a identidade divulgada, estava acompanhada de seu esposo e alguns amigos após retornarem de uma pescaria, quando foram abordados por policiais da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM). Os policiais deram ordens de parada ao marido da professora, alegando que ele estava em alta velocidade e que seria preso.
Diante da situação, a professora decidiu gravar a abordagem, argumentando que os policiais estavam agindo de forma agressiva. Um dos agentes se aproximou dela e ordenou que parasse de gravar, enquanto a vítima, assustada, pediu ajuda. Em um momento de extrema violência, a professora foi agredida com dois tapas, caindo no chão em seguida.
Após o ocorrido, a vítima registrou duas denúncias contra o policial agressor, uma na Casa da Mulher Brasileira e outra em uma delegacia local. No entanto, a solicitação de medida protetiva contra os agentes envolvidos foi negada pela Justiça, que alegou não se tratar de violência doméstica.
Diante dessa decisão, a professora recebeu apoio da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Maranhão (OAB-MA) na última segunda-feira (18). Durante o encontro, ficou acordado que uma ação indenizatória contra o estado será movida em nome da vítima.
Para garantir a segurança e proteção da professora, a Comissão de Direitos Humanos pretende entrar em contato com a Secretaria de Direitos Humanos do Maranhão (Sedihpop) para incluí-la no programa de proteção às vítimas de violência. A advogada Laura Machado, membro da comissão, destacou a importância de assegurar a integridade da vítima em casos de violência policial.
O caso continua sendo investigado e causa indignação na sociedade, que clama por justiça e respeito aos direitos humanos. A agressão sofrida pela professora levanta debates sobre a conduta policial e a necessidade de medidas efetivas para coibir abusos de poder e garantir a segurança da população.