Para o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, os policiais agiram em legítima defesa durante um confronto com criminosos, alegando que não tiveram a intenção de matar Cláudia quando a balearam. No entanto, a família da vítima e diversos movimentos de defesa dos direitos humanos repudiaram a decisão, alegando que ela foi injusta e não responsabilizou adequadamente os policiais envolvidos.
Além do aspecto criminal, a família de Cláudia também processou o estado do Rio de Janeiro em busca de indenizações pelos danos causados. No entanto, as quantias oferecidas foram consideradas insatisfatórias pelo advogado representante da família, que criticou duramente o acordo estabelecido pela Secretaria de Direitos Humanos na época.
A absolvição dos policiais gerou indignação e revolta na sociedade, com representantes de organizações de direitos humanos e autoridades expressando sua consternação diante da decisão judicial. A Anistia Internacional no Brasil lamentou a notícia e criticou a atitude do juiz, destacando a desumanização da vítima e das pessoas negras em situações como essa.
Diante de um caso marcado por violência e impunidade, a absolvição dos policiais militares envolvidos na morte de Cláudia Ferreira levanta questões sobre a efetividade do sistema de justiça e a proteção dos direitos humanos no Brasil. A família da vítima e os movimentos de defesa dos direitos humanos seguem buscando por justiça e responsabilização pelos crimes cometidos.