Prisão preventiva de policiais suspeitos de feminicídio em Imperatriz é aceita pela Justiça do Maranhão

A Justiça do Maranhão decidiu na última quinta-feira (20) converter a prisão temporária dos policiais militares do Tocantins, Etevaldo José Machado Silva Júnior e Elielson Rocha Sales, em preventiva. Eles são os principais suspeitos pelo assassinato de Maria de Jesus Sousa Moraes, ocorrido no dia 10 de fevereiro deste ano no bairro Parque Alvorada, em Imperatriz.

A investigação aponta que no dia do crime, foi encontrada uma arma com os suspeitos que teria sido furtada da Polícia Militar do Tocantins. Maria de Jesus, que era tia de Etevaldo, foi assassinada a tiros na porta de casa.

Os dois policiais foram presos pela polícia dois dias após o crime e posteriormente indiciados. A prisão temporária foi prorrogada por mais 30 dias e agora convertida em preventiva por tempo indeterminado.

A Polícia Militar do Tocantins informou que está em andamento um procedimento administrativo para apurar a conduta dos militares envolvidos. O prazo estipulado para conclusão é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 dias se necessário.

A defesa dos policiais afirmou em comunicado que entrou com um habeas corpus para anular a prisão preventiva. Eles alegam que não houve reconhecimento dos suspeitos nem reconstituição do crime durante a investigação. A suspeita recai sobre eles por terem sido abordados próximo ao local do homicídio e por terem saído da casa de Elielson, mas segundo a defesa, não existem provas contundentes que justifiquem a prisão preventiva.

Durante a investigação, uma testemunha, companheiro da vítima, afirmou que Etevaldo não aceitava o relacionamento da tia e que já o teria ameaçado anteriormente. Segundo a decisão judicial com base no inquérito, os suspeitos demonstraram extrema frieza e indiferença à vida humana, pois o crime foi cometido na presença de populares e vizinhos da vítima.

Os dois policiais continuam presos em Imperatriz, sob a guarda da Polícia Militar do Maranhão, e devem responder pelo crime de feminicídio. A defesa dos acusados alega que as armas apreendidas com eles não foram utilizadas no homicídio, conforme laudo pericial realizado. Eles também questionam a falta de reconstituição do crime e a ausência de reconhecimento perante as testemunhas oculares.

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