Segundo a nota oficial divulgada pela pasta, Guaranho foi demitido por utilizar recursos materiais da repartição em atividades particulares, praticar atos de improbidade administrativa e por incontinência pública. Essas ações foram apuradas em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para investigar a conduta do agente da penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, a conduta violenta e ofensiva à vida é incompatível com a moralidade administrativa e fere gravemente os valores institucionais da atividade policial. Além disso, Guaranho utilizou sua arma profissional para cometer o crime, o que agrava ainda mais a situação.
O caso que culminou na demissão de Guaranho teve origem em uma festa de aniversário de Marcelo Arruda, que celebrava seus 50 anos com o tema do Partido dos Trabalhadores (PT). O policial penal, que não era convidado do evento, invadiu o local armado, declarando seu apoio ao então presidente Jair Bolsonaro, e disparou contra o petista, conforme registrado pelas câmeras de segurança. Antes de falecer, Arruda conseguiu revidar e atirar contra Guaranho.
Atualmente, o policial penal Jorge Guaranho encontra-se sob custódia e foi acusado de homicídio qualificado pela morte do guarda municipal. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) considerou que o crime teve motivação política e, por isso, Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado. O julgamento no Tribunal do Júri está marcado para o dia 4 de abril.
Essa decisão do ministro da Justiça e Segurança Pública reforça a importância da aplicação da lei e da ética no exercício das funções públicas, garantindo a integridade e o respeito à vida como valores fundamentais para a atividade policial. A sociedade espera que casos como esse sejam rigorosamente investigados e que a justiça seja feita para as vítimas e suas famílias.