O julgamento em questão trata de candidatas que, segundo as investigações, não participaram efetivamente de suas campanhas e foram utilizadas apenas para simular o cumprimento da cota de 30% de candidaturas femininas. A ministra Cármen Lúcia rebateu um comentário do ministro Raul Araújo, que alertou sobre o rigor do TSE no julgamento de casos de fraudes envolvendo candidatas mulheres, destacando a importância de garantir a participação feminina na política, apesar dos obstáculos.
Durante sua fala, a ministra enfatizou que as mulheres muitas vezes são “invisibilizadas” e “silenciadas” no cenário político, e ressaltou a necessidade de sua presença na tomada de decisões. Cármen Lúcia ainda comparou as dificuldades enfrentadas por mulheres com as facilidades concedidas aos homens na política, reforçando seu comprometimento com a causa feminina e a importância de persistir apesar dos desafios.
Após quatro votos a favor do reconhecimento da fraude, o julgamento foi suspenso devido a um pedido de vista do ministro Nunes Marques. A decisão final sobre o caso ainda permanece em aberto, mas a discussão levantada durante a sessão trouxe à tona a necessidade de combater fraudes e garantir a representatividade das mulheres na política brasileira, mesmo diante das adversidades enfrentadas.