Milicianos de alta periculosidade são transferidos para presídios federais em operação realizada no Rio de Janeiro.

O miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, foi transferido da Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1) para a Penitenciária Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A transferência, assim como a de Marcelo de Luna Silva, o Boquinha, faz parte de uma operação que visa desarticular a principal milícia da zona oeste do Rio de Janeiro. A ação foi determinada pela Justiça e contou com a participação de 16 policiais penais do Serviço de Operações Especiais, do Grupamento de Serviços de Escolta, além de cinco viaturas da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio (Seap).

No último sábado, os agentes escoltaram Zinho do presídio até o Aeroporto Santos Dumont, onde ele foi entregue a policiais da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) responsáveis por levá-lo para a penitenciária em Campo Grande. O governador Cláudio Castro elogiou a operação, ressaltando a importância de interromper o comando que os milicianos exercem mesmo estando presos. Segundo ele, essa ação representa um avanço na segurança do estado do Rio de Janeiro.

A secretária de Estado de Administração Penitenciária, Maria Rosa Lo Duca Nebel, destacou a integração entre órgãos do estado e do governo federal na operação. Ela enfatizou a importância de impedir que as lideranças criminosas se articulem além dos muros das unidades prisionais. Vale ressaltar que Zinho foi preso em dezembro de 2023, após se entregar à Superintendência da Polícia Federal no Rio, sendo apontado como responsável por comandar ataques na zona oeste.

Ao longo dos últimos meses, o governo fluminense realizou a transferência de 18 presos de alta periculosidade para presídios federais, numa estratégia para desarticular organizações criminosas. Essas ações, que envolvem diversos órgãos de segurança, como as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros, a PF e a Senappen, demonstram o compromisso com a segurança e a ordem nas áreas de atuação das milícias e facções criminosas.