Nesse contexto, o Projeto Trauma – Tecnologia de Rápido Acesso de Dados Unificados para Mitigação da Acidentalidade – surge como uma iniciativa inovadora para lidar com essa problemática. Idealizado pelo epidemiologista Bruno Zocca, do Hospital Israelita Albert Einstein, o projeto entra agora em uma fase de aperfeiçoamento, com previsão de instalação de um banco de dados integrado no Ministério da Saúde até 2026.
A proposta da ferramenta é permitir o acesso a dados integrados sobre acidentes e lesões ocorridos em todo o país, facilitando a vigilância em saúde e auxiliando na tomada de decisões dos gestores a níveis municipal, estadual e federal. O objetivo é contar a história de acidentes e violência com o mínimo de esforço possível, por meio da integração de sistemas de informação já em uso pelo Ministério da Saúde.
Segundo o médico Bruno Zocca, o Projeto Trauma traz uma abordagem inovadora e diferenciada em relação ao que o Ministério da Saúde já desenvolveu, sendo capaz de promover mudanças significativas na forma como as informações sobre lesões são acessadas e utilizadas. A expectativa é que a ferramenta seja amplamente utilizada por diversos setores interessados, como secretarias de segurança pública, equipes do SAMU e dos bombeiros, entre outros.
O investimento no desenvolvimento do projeto é financiado pelo Proadi-SUS, que reúne seis hospitais sem fins lucrativos considerados referência em qualidade médico-assistencial e gestão. Com um investimento de R$6,5 milhões no primeiro triênio, a segunda fase de desenvolvimento está prevista para ter um custo de R$7,9 milhões, até a instalação da ferramenta no Ministério da Saúde em 2026.
Em um país onde as lesões e a violência representam um grave problema de saúde pública, iniciativas como o Projeto Trauma são essenciais para melhorar a gestão e prevenção desses problemas, visando reduzir a morbidade e mortalidade associadas a essas causas. A expectativa é que, com a implementação desse banco de dados integrado, seja possível promover uma melhor análise da situação em saúde e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida da população brasileira.