A lei prevê diversas ações, como a realização de eventos e campanhas educativas ao longo do mês de maio para debater questões relacionadas ao racismo, encarceramento e genocídio da juventude negra e periférica. A mãe de João Pedro, Rafaela Matos, vê a criação da data como uma forma de reparação e de manter viva a memória de seu filho.
O caso de João Pedro chocou o país e os policiais civis responsáveis pela sua morte foram denunciados por homicídio qualificado. O processo está em andamento na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo e o Ministério Público solicitou que o julgamento seja realizado por júri popular.
Dados do Atlas da Violência de 2023 revelam que 79% dos homicídios no Brasil em 2021 tiveram como vítimas jovens negros. A taxa de homicídios entre pretos e pardos foi três vezes maior do que entre brancos, amarelos e indígenas. A diretora-executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck, ressalta a importância da data para reflexão, mas destaca a necessidade de ações concretas para combater o racismo institucional.
Com a criação do Dia de Luta Jovem Preto Vivo – João Pedro Matos Pinto, o estado do Rio de Janeiro busca manter viva a memória de João Pedro e sensibilizar a sociedade para a violência sofrida pelos jovens negros. A mobilização e a busca por justiça continuam, enquanto se espera que as autoridades tomem medidas efetivas para combater as violações de direitos humanos por agentes do Estado.