Dentre os mais proeminentes participantes do núcleo golpista que optaram pelo silêncio, destacam-se o ex-ministro da Defesa Braga Netto, Jair Bolsonaro e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier. É importante ressaltar que Braga Netto foi ex-ministro da Defesa de Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 2022, sendo uma figura chave no esquema golpista conforme as investigações.
O general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e o general Augusto Heleno também se mantiveram em silêncio durante os depoimentos à PF. Ambos ocuparam cargos de destaque no governo federal e foram apontados como importantes figuras dentro do esquema golpista.
Além dos militares, também houve civis que preferiram não se pronunciar durante as investigações, como o advogado Amauri Feres Saad e o padre José Eduardo de Oliveira e Silva. Ambos foram citados como integrantes do chamado “núcleo jurídico” do esquema golpista, sendo responsáveis pela assessoria e elaboração de minutas de decretos que atendiam aos interesses do grupo investigado.
A postura de silêncio adotada por esses depoentes revela a complexidade e a seriedade das investigações em curso, ressaltando a importância de esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos no esquema golpista. Nesse sentido, a PF continua conduzindo as investigações para apurar todas as questões relacionadas ao caso, visando a preservação da ordem democrática e a punição dos responsáveis pelos atos de subversão à democracia e tentativa de golpe de Estado.