O teste molecular permitirá um diagnóstico mais rápido e preciso da doença, contribuindo para a redução das taxas de incidência e mortalidade por câncer de colo do útero. No Maranhão, por exemplo, cerca de 800 mulheres são diagnosticadas com a doença a cada ano, mostrando a relevância e impacto positivo desta nova tecnologia.
Uma das vantagens do novo teste é o aumento do intervalo de realização do exame, que passa a ser recomendado a cada cinco anos, em comparação com o Papanicolau, que é realizado a cada três anos. Essa mudança não só facilita o acesso das mulheres ao exame, mas também aumenta a adesão e eficácia da prevenção do câncer de colo do útero.
O câncer de colo do útero é considerado a quarta causa de óbito entre mulheres no Brasil, afetando principalmente mulheres negras, pobres e com baixos níveis de escolaridade. Estimativas apontam que cerca de 17 mil mulheres são diagnosticadas com a doença anualmente no país, com 5.280 casos na região Nordeste e 800 casos no Maranhão.
A infecção por HPV é a principal causa conhecida do câncer de colo do útero, tornando a prevenção e detecção precoce fundamentais para reduzir a mortalidade por essa doença. A testagem molecular é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e é considerada o padrão ouro para detecção do câncer de colo do útero.
A avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) considerou que a nova tecnologia de testagem molecular é mais precisa do que os métodos já ofertados pelo sistema de saúde brasileiro. Essa medida reforça o compromisso do governo em promover a saúde e bem-estar das mulheres, contribuindo para a redução da incidência de câncer de colo do útero e proporcionando uma melhor qualidade de vida para a população feminina do país.