Durante o período de novembro a janeiro, o grupo de alimentação e bebidas foi o principal responsável pelo aumento da inflação, impactando diretamente os brasileiros. Questões climáticas, como altas temperaturas e volumes elevados de chuva em diversas regiões do país, influenciaram a produção de alimentos e, consequentemente, os preços.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que houve um aumento sazonal nos preços e ressaltou a preocupação do presidente em garantir que os alimentos cheguem de forma acessível à mesa dos brasileiros. Segundo ele, já foi observada uma diminuição nos preços ao produtor e espera-se uma redução ainda maior nos próximos dias.
Por sua vez, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o governo espera que a redução de preços seja repassada aos consumidores pelas empresas atacadistas, que são responsáveis pela distribuição dos alimentos. No caso do arroz, essa redução deve ocorrer entre março e abril, à medida que os estoques forem reabastecidos a preços mais baixos.
Além disso, Fávaro adiantou que o governo está discutindo mudanças no próximo plano safra, com o objetivo de incentivar a produção de alimentos como arroz, feijão, milho, trigo e mandioca. O ministro ressaltou a importância da diversificação das regiões produtoras e anunciou medidas para estimular a produção desses alimentos em diferentes partes do país.
Medidas como facilitação de crédito, formação de estoques públicos e política de preço mínimo também devem ser implementadas para a redução dos preços dos alimentos e o aumento da renda dos produtores. O presidente Lula ainda deve se reunir com representantes de diversos setores do agronegócio nos próximos dias para discutir soluções para a situação.