De acordo com informações do governo, o Brasil atualmente é responsável por aproximadamente 8% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição no ranking, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. No entanto, mais de 80% dos fertilizantes utilizados no país são importados, evidenciando uma alta dependência externa.
Durante seu discurso, o presidente Lula destacou a importância da soberania e autossuficiência do Brasil na produção de fertilizantes e ressaltou a necessidade de investimentos no setor para impulsionar ainda mais o agronegócio nacional. Ele enfatizou que no ano anterior foram gastos cerca de US$ 25 bilhões na importação de fertilizantes, um valor que poderia ser direcionado para empresários locais e gerar empregos e qualidade de vida para a população brasileira.
Lula também abordou a importância estratégica dos fertilizantes para a segurança alimentar do país, enfatizando a necessidade de o Brasil ser autossuficiente na produção desses insumos. Com a aprovação das diretrizes, metas e ações do novo Plano Nacional de Fertilizantes, liderado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o governo planeja alcançar até 2050 uma produção nacional capaz de atender entre 45% e 50% da demanda interna.
O Complexo Mineroindustrial da EuroChem em Serra do Salitre representou um investimento de US$ 1 bilhão e é a primeira unidade de mineração da empresa fora do continente europeu. Com a capacidade de produção de 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados anualmente, a nova planta industrial também fabricará ácido sulfúrico e ácido fosfórico, subprodutos essenciais para a produção de fertilizantes. A EuroChem, multinacional de origem russa, está presente no Brasil desde 2016 e conta com 21 unidades produtoras no país.
Ao integrar todo o processo, desde a extração da matéria-prima até a produção do fertilizante final, o complexo em Serra do Salitre promete gerar mais de 1,5 mil empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região. Com um sistema de barragens avançado e tecnologias de monitoramento em tempo real, a unidade busca garantir a segurança e sustentabilidade de suas operações.