De acordo com os técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil possui vantagens que podem destacá-lo na transição energética, como a biodiversidade, mercado interno, políticas de energias limpas e a presença de minerais estratégicos. Felipe Machado, um dos participantes, destacou a China e os Estados Unidos como exemplos de países que investiram massivamente nesse setor nos últimos anos.
No entanto, ainda existem resistências em fortalecer o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Machado comparou o banco brasileiro com o banco de fomento francês e americano, ressaltando a necessidade de um maior investimento no país. Ele enfatizou que esses investimentos, embora necessários, são caros e com retornos demorados.
Durante a reunião, foram discutidas propostas para fortalecer o BNDES, como a aprovação de projetos de lei que permitam o financiamento de bens e serviços no exterior, a criação de letras de crédito de desenvolvimento e a instituição de depreciação acelerada para modernizar a indústria. Além disso, foram citados projetos que regulam o mercado de carbono, a economia circular, e a biotecnologia.
Samantha Cunha, da Confederação Nacional da Indústria, também presente na reunião, destacou o plano Mais Produção do BNDES, que prevê investimentos de cerca de R$ 300 bilhões para modernização da indústria nos próximos quatro anos. A comparação foi feita com o financiamento da safra agrícola brasileira, mostrando que o valor não é alto se analisado sob essa perspectiva.
O deputado Luiz Ovando (PP-MS), relator do tema no Cedes, ressaltou a importância de equilibrar a produção de alimentos com a sustentabilidade. A discussão continua em pauta, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da indústria brasileira.