Desde o dia 4 de março, os empregados da Télam estão impedidos de entrar no prédio da empresa, que foi fechado com grades. Além disso, o site da agência de notícias está fora do ar desde que Javier Milei anunciou que pretende extinguir o portal, que tem 78 anos de existência. Diversos movimentos sociais, sindicais e especialistas têm condenado a medida, alegando violações ao direito à informação do povo argentino.
A direção da Télam propôs um plano de demissão voluntária, que os trabalhadores terão até 10 de abril para aceitar. No entanto, a comissão interna da agência destacou que a oferta ocorreu em um contexto de intimidação e disciplinamento, com o objetivo de pressionar os funcionários a aderirem à demissão.
A assembleia dos trabalhadores decidiu, por unanimidade, rejeitar o plano de demissão voluntária e manter a mobilização em frente à sede da Télam. Mais de 400 pessoas participaram da assembleia e prometeram adotar estratégias legislativas, sindicais e legais para impedir o fechamento da agência.
A história da Télam remonta a 78 anos, quando foi criada com o objetivo de difundir informações por toda a Argentina e quebrar o duopólio de agências estrangeiras no mercado local. Ao longo dos anos, a agência enfrentou diversas ameaças de fechamento e demissões durante diferentes governos, mas sempre resistiu.
Diante da incerteza sobre o futuro da Télam e a resistência dos trabalhadores, a situação permanece delicada e incerta. A luta dos funcionários em defesa da agência e do direito à informação demonstra a importância do jornalismo público e independente em um cenário cada vez mais polarizado e controlado por interesses políticos.