De acordo com as informações divulgadas pelo MP, Maxwell Simões Corrêa, também conhecido como Suel, e Ronnie Lessa, já denunciados na fase anterior da operação e detidos por sua suposta participação nas mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, lideravam o esquema ilegal. Além disso, um terceiro alvo da operação também foi preso.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros de Rocha Miranda, Honório Gurgel e Irajá, com o apoio de diferentes divisões policiais. A investigação revelou que os denunciados realizavam pagamentos que eram repassados para Suel, resultando em um saldo em conta no valor de R$ 234.345,34.
As conversas interceptadas durante a investigação mostram a relação dos criminosos com o líder da quadrilha, onde Suel é tratado como o “patrão” pelos acusados. Além disso, foram encontradas mensagens que indicam comemoração por conta de ações do governo que supostamente aumentariam o número de instalações da rede clandestina operada pelo grupo.
Na primeira fase da Operação Jammer, realizada em agosto de 2023 em conjunto com a Polícia Federal, foi revelado que o dinheiro arrecadado pelas atividades ilegais na zona norte do Rio foi utilizado para pagar o advogado de Élcio Queiróz, também denunciado por participação nos assassinatos de Marielle e Anderson. A investigação demonstrou que Suel e Ronnie Lessa estruturaram o esquema ilegal desde 2018 em diferentes bairros da região.
A denúncia oferecida à Justiça destaca o papel de Suel como o dono da GatoNet, supervisionando todas as atividades e obtendo lucros ilícitos. Já Ronnie Lessa atuava como sócio investidor, utilizando sua influência e contatos para auxiliar Suel no controle dos territórios onde o serviço era oferecido. A Operação Jammer continua em andamento, desmantelando uma rede criminosa dedicada à exploração ilegal de serviços de telecomunicação e internet no Rio de Janeiro.