Com esta determinação, a Justiça Eleitoral terá que recalcular os votos destinados ao PROS nas eleições municipais do ano passado e redistribuir as cadeiras na Câmara. Vale ressaltar que o PROS se fundiu com o Solidariedade em 2020.
A anulação dos votos deverá impactar diretamente os vereadores Wesley Moreira e César Gordin, que foram eleitos pelo PROS. No entanto, a confirmação da cassação dos parlamentares somente será oficializada após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais.
Destaca-se que o relator do caso, ministro Floriano de Azevedo Marques, foi um dos principais votos favoráveis à anulação dos votos e à cassação dos vereadores. Segundo o ministro, as candidatas do PROS não realizaram campanhas efetivas e ainda promoveram candidaturas masculinas nas redes sociais, evidenciando a fraude.
O ministro ressaltou que as candidatas pareciam desinteressadas desde o início da campanha e não demonstraram empenho em suas candidaturas. Além disso, ele mencionou que todas as candidatas renunciaram à campanha ao mesmo tempo, o que levantou suspeitas sobre a veracidade das candidaturas femininas do PROS.
Os demais ministros que compõem o TSE, como André Ramos Tavares, Raul Araújo, Maria Isabel Galotti, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes, também votaram a favor da anulação dos votos do PROS em Belo Horizonte. A decisão demonstra a importância da fiscalização e transparência nos processos eleitorais, reforçando a necessidade de combate a possíveis irregularidades que possam comprometer a democracia e a representatividade política.