O Epicovid 2.0, como é denominado o estudo, está sendo coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e foi encomendado à Universidade Federal de Pelotas. Segundo informações do Ministério da Saúde, até o momento não existem estimativas nacionais sobre o impacto de longo prazo da covid-19. Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que aproximadamente 20% das pessoas infectadas, independentemente da gravidade dos sintomas, desenvolvem condições pós-covid.
A expectativa do Ministério da Saúde é que a coleta de dados tenha duração de 15 a 20 dias. A pesquisa utilizará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios selecionados que já participaram das quatro rodadas anteriores do estudo. Equipes de entrevistadores realizarão visitas domiciliares para coletar informações sobre vacinação, histórico de infecção, sintomas persistentes e impactos da doença na rotina dos participantes.
É importante ressaltar que os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio, e apenas uma pessoa por residência será entrevistada. Nesta fase do estudo, não será realizada a coleta de sangue ou outros testes de covid-19. A empresa LGA Assessoria Empresarial será responsável pelas entrevistas e os entrevistadores estarão devidamente identificados com crachás e coletes brancos.
Os resultados das fases anteriores do estudo Epicovid-19 contribuíram significativamente para a compreensão dos efeitos e disseminação do vírus no Brasil, fornecendo informações valiosas para cientistas e autoridades de saúde pública. Em 11 de março, data em que a OMS declarou a pandemia, o Ministério da Saúde também anunciou a criação de um memorial em homenagem às vítimas da covid-19, a ser instalado no Centro Cultural do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.