Um dos presos na Operação Efesto é apontado como o autor dos golpes de faca contra um policial militar durante um protesto de posseiros na MA-206, no ano passado. O suspeito estava com uma espingarda calibre 28 no momento da abordagem, o que resultou em uma autuação por posse ilegal de arma de fogo.
Os outros três indivíduos detidos são suspeitos de fazerem parte de um grupo de jagunços que atua na região. Eles foram autuados por posse ilegal de arma de fogo e associação criminosa. Todos estavam na fazenda no momento da abordagem policial, onde um forte armamento foi encontrado.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva, as investigações sobre os conflitos agrários na região tiveram início no ano passado, após o ataque ao policial militar. O conflito entre a proprietária da fazenda e as famílias residentes na área teve como origem a venda do local para empresários do sudeste do país, que não quitaram a dívida.
Durante a busca na fazenda, foram apreendidas diversas armas, coletes balísticos, munições e outros equipamentos que possivelmente eram utilizados em ações criminosas para expulsar os posseiros do local. Os suspeitos assumiram a posse do armamento e foram encaminhados para uma unidade prisional, onde aguardarão a decisão da Justiça.
As investigações continuarão para identificar outros envolvidos com o arsenal e que possam estar atuando como jagunços na região. Além disso, a viúva do proprietário da fazenda, responsável pela retomada do local, também deverá prestar depoimento.
Um mandado de prisão temporária ainda está pendente contra um segundo suspeito envolvido no ataque ao policial militar em novembro. As autoridades seguem trabalhando para capturar o indivíduo foragido e contar com o apoio das superintendências estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), de Polícia Civil do Interior (SPCI) e de outras delegacias da região.