O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Rogério Carvalho (PT-SE), destacou que a Braskem possuía recursos para fiscalizar as cavidades e prevenir os colapsos das minas, danos que vêm sendo observados desde 2018 na região. Ele questionou a atuação da empresa e sugeriu que possivelmente houve negligência em relação à situação das minas.
Thales também apontou a falta de pessoal qualificado para realizar os monitoramentos necessários, afirmando que a equipe não tinha as condições adequadas para realizar o trabalho de exploração de sal. Ele ressaltou que a Braskem insistia que a camada rochosa acima das minas seria segura, enquanto na realidade possuía fragilidades que poderiam levar a desastres.
Os impactos desse desastre ambiental foram significativos, levando à evacuação de cerca de 60 mil pessoas de áreas de risco e danificando mais de 14 mil imóveis em diversos bairros. A situação levantou questões sobre a responsabilidade da Braskem e a necessidade de reparação dos danos causados.
A empresa já paralisou suas atividades de extração de sal-gema em 2019, mas diversos órgãos públicos continuam buscando a responsabilização pelos danos ambientais, urbanos e econômicos causados. Medidas estão sendo tomadas para acelerar a reparação dos danos e evitar a perpetuação das ilegalidades cometidas. A situação ainda deve demorar anos para que os bairros afetados se tornem habitáveis novamente.