Durante o encontro, que acontece até sexta-feira, os participantes estão divididos em salas temáticas, votando em textos que abordam diversos temas relacionados à cultura, como o desenvolvimento de programas e projetos, a valorização dos profissionais, o acesso a recursos por meio de editais culturais, a preservação da diversidade cultural e o estímulo à economia criativa.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a importância da participação social na conferência, ressaltando que a escuta atenta às demandas dos envolvidos no setor é fundamental para a formulação de políticas culturais eficientes. Após mais de uma década sem a realização de uma conferência nacional, a presença de representantes credenciados pelas comunidades e estados tem sido valorizada.
Dentre os eixos temáticos discutidos na conferência, destaca-se o direito às artes e linguagens digitais, onde foram abordadas questões como o acesso permanente à internet, a popularização de softwares livres e a digitalização de acervos culturais. Além disso, foi ressaltada a importância dos telecentros para integração dos moradores em comunidades, assim como a necessidade de preservação da cultura indígena diante da disseminação de fake news.
Na abordagem do eixo que trata da economia criativa, os produtores culturais reivindicaram mais financiamento para projetos, maior profissionalização e acesso facilitado aos mercados. A complexidade dos editais de financiamento foi citada como um obstáculo para muitos produtores, evidenciando a necessidade de capacitação e formação para ampliar o acesso aos recursos disponíveis.
A formalização dos trabalhadores do setor cultural também foi discutida, com o objetivo de garantir direitos e melhores condições de trabalho. A conferência nacional se mostrou um importante espaço para debater as demandas e propostas dos trabalhadores da cultura, visando fortalecer o setor e promover o desenvolvimento cultural do país.