O cenário inflacionário para 2024 está alinhado com a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em janeiro, a inflação ficou em 0,42%, influenciada principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos, resultando em um acumulado de 4,51% nos últimos 12 meses.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano. Após uma série de cortes que totalizaram cinco reduções consecutivas, o BC sinaliza que a política monetária contracionista deve ser mantida para conter a pressão inflacionária, com previsão de novos cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
A expectativa do mercado financeiro é de que a Selic encerre o ano de 2024 em 9%, com projeções de redução para 8,5% em 2025, permanecendo estável nos anos seguintes. A queda na taxa básica de juros pode estimular a atividade econômica e o consumo, mas também apresenta desafios para o controle da inflação e o crescimento sustentável.
As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também foram revisadas, com aumento de 1,75% para 1,77% em 2024. Para os anos seguintes, o mercado prevê uma expansão de 2% do PIB. No que diz respeito ao câmbio, a previsão é de que o dólar encerre o ano em R$ 4,93 e atinja R$ 5 no final de 2025.
A economia brasileira vem apresentando sinais de recuperação, impulsionada pelo desempenho positivo de setores como o agropecuário, indústria e serviços, indicando um cenário de retomada gradual do crescimento econômico e estabilidade nos indicadores macroeconômicos.