Além disso, o estudo revelou que a participação feminina em cargos de liderança também cresceu, passando de 35,7% em 2013 para 39,1% em 2023. Outro ponto positivo é o aumento do índice de empregabilidade das mulheres, que passou de 62,6 para 66,6 no mesmo período, um crescimento de 6,4%.
Um dado interessante é que as mulheres possuem maior nível de escolaridade em comparação com os homens. Em média, as mulheres têm 12 anos de estudo, enquanto os homens possuem 10,7 anos.
No entanto, apesar desses avanços, ainda existem desafios a serem superados. Um deles é a disparidade no tempo dedicado à jornada de trabalho reprodutiva, que inclui atividades domésticas e de cuidados com familiares. As mulheres dedicam, em média, 17,8 horas semanais a essas tarefas, enquanto os homens dedicam apenas 11 horas. Essa diferença se torna ainda mais evidente entre os desocupados, com as mulheres dedicando 24,5 horas semanais e os homens, 13,4 horas.
Diante desse cenário, o presidente da CNI, Ricardo Alban, ressalta a importância de ampliar o debate e implementar medidas concretas para alcançar a equidade plena no mercado de trabalho brasileiro. Uma iniciativa importante nesse sentido foi a sanção de uma lei pelo governo federal que garante a igualdade salarial entre homens e mulheres e estabelece medidas para combater a discriminação e facilitar processos legais.
Com a nova legislação, empresas com 100 ou mais funcionários devem fornecer relatórios transparentes sobre salários e critérios de remuneração, permitindo uma análise objetiva da igualdade salarial. Canal de denúncias também foi instituído para casos de descumprimento da lei, demonstrando o comprometimento em garantir a equidade de gênero no mercado de trabalho.