A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está conduzindo as buscas, com autorização judicial para cumprir dois mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão. Os suspeitos procurados são o PM Leandro Machado da Silva, lotado no 15º Batalhão da Polícia Militar em Duque de Caxias, e Eduardo Sobreira Moraes.
De acordo com as investigações, Eduardo foi responsável por vigiar e monitorar o advogado nos dias que antecederam o crime, bem como no dia em que foi assassinado. Ele utilizava um carro Gol branco, semelhante ao veículo utilizado pelos executores, que foi flagrado por câmeras de segurança.
O Gol usado por Eduardo foi providenciado pelo PM Leandro Machado, que, segundo os investigadores, coordenou toda a logística do crime. Este policial já havia sido investigado e preso por homicídio e por fazer parte de uma milícia em Duque de Caxias.
A Polícia Civil ainda está em processo de apuração para identificar outros envolvidos no crime e descobrir a motivação por trás do assassinato do advogado.
Rodrigo Marinho Crespo foi atingido por disparos às 17h15 do dia 26 de fevereiro, logo após sair do escritório de advocacia Marinho & Lima Advogados, do qual era sócio. O prédio está localizado próximo à sede da OAB fluminense, além do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado.
O presidente da OAB-RJ, Luciano Bandeira, expressou preocupação com a possibilidade de o crime ter relação com a atividade profissional do advogado, destacando a importância de garantir a segurança dos profissionais que atuam nos processos judiciais.
A Polícia Militar informou que apoia a operação da Polícia Civil e que o PM Leandro Machado já estava afastado das ruas devido a um inquérito por participação em organização criminosa, sendo detido preventivamente em abril de 2021. A corporação ressalta seu compromisso com a transparência e a condenação de qualquer conduta criminosa por parte de seus agentes, punindo severamente os responsáveis.