Atualmente, o Paraguai está considerando um aumento na tarifa de US$ 16,71 por kW/mês para US$ 20,75, representando um reajuste de 24%, enquanto o Brasil propõe uma redução para US$ 14,77, o que resultaria em uma diminuição de 0,7% nos custos de energia.
Para o Paraguai, essa decisão possui implicações políticas significativas, uma vez que o país busca aumentar a arrecadação proveniente da usina para financiar projetos prometidos durante a campanha presidencial de Santiago Peña. Enquanto isso, o Brasil defende que é possível reduzir o Cuse (Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade), alegando que os custos de operação de Itaipu se mantiveram estáveis e que a dívida da construção da usina já foi quitada.
Recentemente, Peña esteve em visita ao Brasil para discutir o impasse. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou a importância de revisar as tarifas de Itaipu e expressou a disposição em buscar uma solução conjunta.
A discordância entre as nações chegou a um ponto em que o Paraguai se recusou a assinar um documento que visava manter o funcionamento da usina enquanto os países buscavam um acordo, resultando no bloqueio dos fundos de Itaipu.
Em 1973, Brasil e Paraguai firmaram um acordo para dividir igualmente a energia produzida pela usina, mas agora, após 50 anos desde a construção de Itaipu, a dívida foi quitada, possibilitando ao Paraguai negociar o valor da tarifa de serviços. Essa taxa, suportada pelas populações dos dois países, cobre despesas como administração, operação e manutenção da usina, que atualmente fornece energia para 88% do Paraguai e 9% do Brasil.
Agora, resta aguardar para ver como essa disputa será resolvida e quais serão as consequências para ambas as nações e seus cidadãos.