De acordo com informações da PF, irregularidades foram detectadas nos pagamentos realizados à OSS, chamando a atenção para possíveis crimes na execução do contrato de gestão firmado. A investigação teve início a partir de um relatório de auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio, realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Maricá em 2022.
O relatório apontou que, com os aditivos, o valor do contrato ultrapassou R$ 600 milhões, 151% a mais do que o valor inicialmente acordado de R$ 240 milhões. Estima-se um prejuízo de pelo menos R$ 71 milhões, conforme as investigações em andamento.
A operação Salus busca obter provas diante da ausência de transparência na execução do contrato de gestão, revelando falhas nos mecanismos de controle sobre a atividade pública. Diversas empresas e pessoas físicas, incluindo servidores públicos e empresários, estão sendo alvos da ação da PF. A 2ª Vara Federal de Niterói expediu os mandados e determinou a suspensão do exercício de servidores municipais responsáveis pela execução, gestão e supervisão das verbas públicas destinadas à saúde municipal.
Em resposta às investigações, a prefeitura de Maricá manifestou interesse em colaborar para o esclarecimento de quaisquer denúncias envolvendo a gestão municipal. Destacaram que a administração preza pela aplicação correta dos recursos públicos, reiterando que as determinações judiciais serão cumpridas e que estarão à disposição dos órgãos de controle para fornecer todas as informações necessárias.
A operação Salus continua em andamento, com a PF em busca de evidências que possam esclarecer os desvios de recursos destinados à saúde em Maricá. Novas informações podem surgir à medida que a investigação avança.