No momento em questão, vídeos que circularam nas redes sociais mostraram Bolsonaro se aproximando de uma baleia jubarte enquanto pilotava um jet ski com o motor ligado. Nas imagens, o ex-presidente foi flagrado a menos de 15 metros de distância do animal, desrespeitando uma portaria do Ibama que proíbe embarcações com motor ligado a menos de 100 metros de qualquer baleia.
Durante o depoimento, o advogado de Bolsonaro, Daniel Tesser, afirmou que o ex-presidente reconheceu sua presença nos vídeos, mas negou ter importunado o animal. Segundo o advogado, Bolsonaro tomou todas as precauções necessárias ao avistar a baleia, em conformidade com a legislação em vigor. Tesser ressaltou que Bolsonaro não tinha conhecimento da proibição em questão, mas mesmo assim agiu de forma a não interferir no animal.
O Ministério Público Federal iniciou uma investigação em novembro do ano passado para apurar se Bolsonaro violou a legislação que proíbe qualquer forma de molestamento intencional ou importunação de baleias. A penalidade prevista para esse tipo de infração é de dois a cinco anos de reclusão, além de uma multa.
A oitiva de Bolsonaro na Polícia Federal chamou a atenção da imprensa e do público, gerando debate sobre a preservação dos animais marinhos e o respeito às normas ambientais. O desfecho desse caso terá impacto tanto na imagem do ex-presidente quanto na fiscalização e proteção da vida marinha no Brasil.