Os dados do “Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil” revelam que mesmo com a redução no efetivo, muitos policiais estão trabalhando em atividades administrativas e internas, ao invés de estarem nas ruas realizando policiamento ostensivo e preventivo. Giane Silvestre, representante do FBSP, ressalta a importância de repensar a estrutura burocrática das instituições para liberar policiais que estão em atividades meio e direcioná-los para as atividades fim da Polícia Militar.
Além disso, a pesquisa aponta que apenas 12,8% do efetivo das Polícias Militares estaduais é composto por mulheres, uma porcentagem bastante inferior à representação feminina na Câmara dos Deputados. Isso levanta a discussão sobre a falta de diversidade de gênero nas instituições militares e a percepção equivocada de que as mulheres não têm capacidade para desempenhar o trabalho de segurança pública, que muitas vezes é associado ao uso da força.
É importante destacar a necessidade de reavaliar a distribuição e utilização dos profissionais de segurança pública no país, visando aprimorar a eficiência e efetividade do trabalho realizado nas ruas. A questão da representatividade de gênero também deve ser abordada para promover a igualdade e diversidade nas forças de segurança.