De acordo com a ministra, existe a possibilidade de que o número de casos de dengue em 2024 supere o dobro do registrado no ano passado. A situação é considerada atípica e preocupante para as autoridades de saúde, que destacam fatores como mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo do vírus causador da dengue como agravantes para a disseminação da doença.
Apesar do aumento expressivo de casos, os índices de letalidade este ano estão mais baixos em comparação com 2023, conforme informado pelo Ministério da Saúde. A faixa etária mais afetada é a de 20 a 49 anos, com os casos graves concentrados em pessoas acima de 70 anos.
Diante desse cenário preocupante, sete estados brasileiros (Acre, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Distrito Federal) já decretaram situação de emergência, além de 154 decretos municipais nesse sentido. O pico de casos de dengue em 2024 já ultrapassou o registrado no ano anterior, com um aumento expressivo na semana 6 do ano, quando foram contabilizados 182,2 mil casos.
A ministra Nísia Trindade alerta para a importância de medidas de prevenção e controle da doença, especialmente em um contexto de mudanças climáticas e circulação de diferentes sorotipos do vírus da dengue. A vacinação é uma ferramenta importante nesse cenário, sendo disponibilizada para municípios selecionados para a faixa etária entre 10 e 14 anos.
Para conscientizar a população e intensificar as ações de combate à dengue, o Ministério da Saúde promoverá o Dia D de combate à doença no próximo sábado (2), com o tema “Brasil Unido Contra a Dengue”. A união de esforços entre autoridades, sociedade e órgãos de saúde é fundamental para enfrentar essa grave situação de saúde pública.