O principal objetivo desse grupo é lidar com as condições que levam a esse tipo de morte, que infelizmente tem sido uma realidade alarmante no país. De acordo com o documento que fundamentou a criação desse colegiado, dados alarmantes chamaram a atenção para altas taxas de suicídio entre pessoas em idade produtiva. Por exemplo, em 2019, o Sistema de Informação sobre Mortalidade registrou 13.520 casos de suicídio, sendo 9.977 deles relacionados a trabalhadores, o que representa uma proporção preocupante de 6,7 casos a cada 100 mil trabalhadores cadastrados pela Classificação Brasileira de Ocupações.
Altamira Simões de Sousa, uma das conselheiras indicadas para integrar esse grupo de trabalho, ressaltou a importância de realizar pesquisas e analisar dados para compreender melhor a associação entre as mortes de trabalhadores e os ambientes laborais. Além disso, a participação social no desenvolvimento e revisão de políticas de saúde também foi destacada como fundamental.
Os membros desse grupo terão autonomia para definir o calendário de trabalho e reuniões. Ao término das atividades, eles deverão apresentar os resultados, seguindo as diretrizes e propostas das Conferências Nacionais de Saúde sobre o tema, bem como as recomendações do Conselho Nacional de Saúde. O prazo estipulado para a conclusão desse trabalho é de seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis meses.
Dessa forma, o país busca não apenas entender melhor a relação entre mortes no trabalho e o ambiente laboral, mas também implementar medidas que visem prevenir essas ocorrências e proteger a saúde dos trabalhadores. A análise dessas informações e a busca por soluções efetivas são passos importantes nesse caminho de garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os brasileiros.