Dentre as vítimas, estava Kennedy Guedes, secretário de Obras e Mobilidade Urbana de Aracoiaba. O senador classificou o episódio como uma das maiores tragédias a atingir o estado nos últimos anos. Girão aproveitou o momento para citar um estudo do World Index que classificou a cidade de Fortaleza como a nona mais violenta do mundo, um dado alarmante que reforça a urgência em lidar com a questão da violência na região.
O parlamentar ressaltou que a violência tem se agravado em todo o estado do Ceará, mas que a capital, Fortaleza, se destaca negativamente nesse cenário. Segundo ele, comunidades inteiras têm sido dominadas por facções criminosas, impondo toques de recolher e forçando a saída de moradores que não aceitam se submeter ao domínio do crime.
Girão também fez uma proposta em seu pronunciamento, ressaltando a importância de integrar as estruturas da Polícia Militar e Civil, principalmente investindo em serviços de inteligência. Ele sugeriu que as pequenas ocorrências do Centro Integrado de Operações da segurança pública, que são a maioria das chamadas, poderiam ser resolvidas pela Guarda Municipal, deixando a Polícia Militar e Civil mais focadas em combater o crime.
O senador também apontou a responsabilidade das oligarquias políticas lideradas pelo PT e PDT no estado, que se alternam no poder municipal e estadual há décadas. Girão criticou o gasto excessivo de dinheiro público com publicidade por parte desses governos, afirmando que se esses recursos fossem direcionados para investimentos em inteligência policial, a situação de caos social que assola a população do estado não estaria tão fora de controle.
O parlamentar enfatizou que a crise de segurança pública no Ceará não será resolvida apenas com repressão policial, mas que são necessárias ações mais abrangentes por parte do governo estadual e municipal. A fala de Girão reflete a preocupação com a situação alarmante vivida no estado e a busca por soluções efetivas para enfrentar a violência e proteger a população cearense.