Apesar da queda, a derrubada na floresta amazônica ainda equivale a mais de 250 campos de futebol por dia, superando a destruição registrada nos anos anteriores, como em 2016, 2017 e 2018. A pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, destacou a importância de o país reduzir a emissão de gases de efeito estufa, ampliar a fiscalização ambiental e criar áreas protegidas de floresta como medidas fundamentais para alcançar a meta de desmatamento zero até 2030.
A série histórica do Imazon, iniciada em 2008, revela que os anos com maior derrubada na floresta foram janeiro de 2015, com 288 km², e janeiro de 2022, com 261 km².
O monitoramento por imagens de satélite também possibilitou identificar os estados que mais desmataram em janeiro, com Roraima liderando o ranking, sendo responsável por 40% da área derrubada da Amazônia Legal. Apesar disso, a derrubada no estado foi menor em comparação ao ano anterior. Outros seis estados da Amazônia Legal, incluindo Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas e Maranhão, registraram uma queda na destruição da floresta.
A Amazônia Legal compreende nove estados das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. O levantamento da Imazon também revelou que seis das dez terras indígenas mais desmatadas em janeiro ficam em Roraima, enquanto que Pará e Amazonas são os estados que concentram o maior número de unidades de conservação entre as dez mais desmatadas no mês.
Em resumo, a redução do desmatamento na floresta amazônica em janeiro de 2024 representa um avanço significativo na preservação do bioma, mas há ainda desafios a serem enfrentados para garantir a proteção ambiental e atingir a meta de desmatamento zero até 2030. A atuação do governo e das instituições ambientais, juntamente com medidas de conscientização e proteção das áreas florestais, são essenciais para a continuidade desse progresso.