O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou que pelo menos metade dos servidores aderiram à paralisação. A decisão de paralisar as atividades foi aprovada durante uma assembleia no dia 9 de fevereiro, quando a proposta do governo de conceder reajuste de 13%, parcelado para 2025 e 2026, foi rejeitada. Os servidores exigem um reajuste de 36% e a reestruturação da carreira.
Além disso, os servidores decidiram entregar os cargos comissionados, incluindo gerências e diretorias, com o intuito de pressionar o governo a atender às demandas da categoria.
O presidente nacional do Sinal, Fábio Faiad, afirmou que 500 cargos foram entregues, mas o BC ainda não efetivou a dispensa. O sindicato também divulgou que 60 adjuntos e consultores participam do movimento, e que os chefes de departamento emitiram uma carta de cobrança direcionada à Diretoria Colegiada do Banco Central.
Os servidores também reivindicam nível superior para o cargo de técnico, mudança de nome do cargo de analista para auditor e a criação de uma retribuição por produtividade institucional, semelhante à existente para os auditores-fiscais da Receita Federal.
Em comunicado, o Sinal alertou que, se a próxima reunião com o Ministério da Gestão e Inovação, agendada para o dia 21 de fevereiro, não resultar em avanços significativos, haverá um indicativo para a deflagração de uma greve por tempo indeterminado.
A Agência Brasil entrou em contato com o BC para comentar sobre a paralisação, mas a resposta da assessoria foi que, “se houver alguma manifestação, vocês serão informados com a presteza necessária”.