Um dos fugitivos percorreu mais de 220 quilômetros antes de ser encontrado no município de Canto do Buriti. Outro foi detido em Cristino Castro, localidade mais próxima, a apenas 37 quilômetros de onde ocorreu a fuga. E dois foram capturados em Currais, cidade ainda mais próxima, distante apenas 8 quilômetros da unidade prisional.
A Penitenciária Dom Abel Alonso Nuñez foi alvo de uma vistoria realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro deste ano. O relatório produzido pela equipe do CNJ apontou condições “péssimas” na unidade, que tinha capacidade para 76 presos, mas abrigava 185 detentos na época da inspeção. Além disso, 146 dos presos eram considerados provisórios, ou seja, aguardavam julgamento, e dividiam celas com os condenados.
O relatório também indicou que a penitenciária oferecia 16 vagas para trabalho interno, que estavam todas ocupadas, mas não possuía oficinas de trabalho. Além disso, apenas metade das 24 vagas para estudo interno estava ocupada, mesmo sem a presença de uma biblioteca na unidade.
Em relação ao histórico de fugas e rebeliões, o documento do CNJ apontou que, até o mês anterior à vistoria, a penitenciária não havia registrado nenhum incidente desse tipo.
A Secretaria da Justiça informou que todas as forças de segurança do estado foram mobilizadas para capturar os foragidos, e orientou a população a comunicar qualquer informação que possa ajudar na recaptura dos detentos. Os contatos disponibilizados para envio de informações são: Penitenciária de Bom Jesus – (89) 98133-7432; Polícia Militar de Bom Jesus – (89) 98137-9207; Diretoria de Administração Penitenciária – (86) 99488-8133; e Polícia Militar – 190.
A fuga dos detentos e a situação precária da penitenciária em Bom Jesus continuam sendo acompanhadas pelas autoridades locais, que trabalham para garantir a segurança da população e a recaptura dos fugitivos.
