Durante seu pronunciamento, o ex-presidente propôs a implementação de iniciativas conjuntas voltadas para a proteção das florestas tropicais, incluindo a criação de uma rede de satélites para monitorar o desmatamento e a recuperação de áreas degradadas. Lula ressaltou também o compromisso do Brasil em promover uma governança efetiva e multilateral em áreas como inteligência artificial, considerando, sobretudo, os interesses do Sul Global.
Além disso, o presidente defendeu parcerias prioritárias, que incluem o combate à fome, a promoção da soberania em saúde e o enfrentamento de doenças tropicais negligenciadas. Durante seu discurso, Lula mencionou a meta de ampliar o acesso a medicamentos para evitar o “apartheid” de vacinas, referindo-se à desigualdade no acesso à imunização durante a pandemia de covid-19.
Ao celebrar a presença da União Africana como membro pleno do G20, o presidente defendeu a inclusão de mais países do continente como membros plenos. Ele expressou o compromisso do Brasil em colaborar com a África no desenvolvimento de programas educacionais, saúde, meio ambiente e ciência e tecnologia. Além disso, anunciou planos para ampliar o intercâmbio de estudantes africanos nas instituições de ensino superior brasileiras e fortalecer a cooperação em áreas como pesquisa agrícola e saúde.
Outro ponto abordado por Lula em seu pronunciamento foi a necessidade de uma solução duradoura para o conflito Israel-Palestina, com o avanço na criação de um Estado palestino reconhecido pelas Nações Unidas. O presidente também destacou a importância de reformas na ONU para garantir uma representação mais equitativa, incluindo países da África e América Latina no Conselho de Segurança.
Ao final de seu discurso, o presidente enfatizou a importância de parcerias entre Brasil e África, respeitando a autonomia e os interesses mútuos. Com este posicionamento, Lula reforçou o compromisso do Brasil em promover o desenvolvimento sustentável e ampliar as relações de cooperação com o continente africano.