Esses 40 milhões de processos com erros representam 20% do acervo de 195 milhões de ações analisadas pelo CNJ. Isso indica que os tribunais enfrentam um grande desafio na correção e melhoria dos processos de cadastro das informações processuais. O CNJ começou a compilar esses números em 2020 e a iniciativa tem como objetivo auxiliar os tribunais na resolução desses problemas.
Uma das razões apontadas para a existência desses erros é o foco dos tribunais na resolução dos casos mais recentes em andamento, deixando uma parcela de processos mais antigos que acabam sendo mais difíceis de serem corrigidos. Os tribunais de Justiça estaduais apresentam o maior índice de erros, com 21,9% dos 40 milhões de processos com equívocos. Em seguida, a Justiça Federal representa 19,2% do total, seguida pela Justiça do Trabalho, com 14% das ações contendo erros.
Os tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça, o Superior Tribunal Federal Militar, o Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal Superior do Trabalho, acumulam 4,2% dos processos com erros. O menor índice de erros é encontrado nos tribunais eleitorais estaduais, com 2,6%. Esses números revelam uma realidade preocupante e indicam a necessidade de ações para corrigir e melhorar o cadastro das informações processuais nos tribunais brasileiros.