Segundo o senador, que é médico por formação, a perda gestacional pode causar o maior abalo psíquico que alguém pode experimentar, especialmente em decorrência da perda de um filho. Diante desse cenário, Nelsinho afirma que as mulheres merecem uma atenção especial e uma acomodação diferenciada, devido à perda gestacional, que é estimada em uma em cada cinco gestações.
O projeto estabelece que a perda gestacional pode ser precoce, com até 12 semanas, ou tardia, quando o feto tem até 22 semanas ou pesa menos que 500 gramas. Após essa idade gestacional e acima desse peso, a perda gestacional é classificada como óbito fetal, de acordo com o senador.
Nelsinho Trad ressalta a importância de fornecer um acompanhamento psicológico às gestantes e ao pai desde o momento da internação hospitalar, bem como no período pós-operatório, após a ocorrência de natimorto ou óbito fetal. Ele destaca que muitas vezes as mulheres que perderam seus bebês acabam na mesma enfermaria que mulheres que acabaram de dar à luz, o que pode aumentar o sofrimento e causar um “choque de realidades”.
O senador afirma que é necessário ter cuidado com a saúde mental das gestantes após a ocorrência desses incidentes, já que é comum que elas se sintam tomadas por sentimentos de culpa e fracasso. Ele enfatiza que é importante garantir um ambiente diferenciado e de apoio para essas mulheres, proporcionando um maior conforto e compreensão durante esse momento delicado.
O projeto de lei proposto por Nelsinho Trad busca assegurar o direito das parturientes de natimortos ou óbitos fetais a uma acomodação diferenciada, juntamente com um acompanhamento psicológico adequado, visando oferecer um suporte mais eficaz e sensível a essas mulheres que enfrentam a perda gestacional.