O criminoso havia sido condenado a 96 anos de prisão por sua participação no assassinato de auditores fiscais do Trabalho e de um motorista. No entanto, sua pena foi reduzida após ele firmar um acordo de delação. Durante o julgamento em 2015, ele admitiu ter participado do crime.
Segundo nota da Polícia Federal, durante a prisão, Pimenta estava portando um passaporte falso. Em setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) determinou a prisão imediata dos mandantes da chacina, incluindo os fazendeiros Antério Mânica, que já se entregou à Polícia Federal em Brasília, e Norberto Mânica, que ainda é considerado foragido, além de mais dois condenados por terem intermediado a chacina, entre eles Hugo Pimenta.
A Chacina de Unaí ocorreu em 2004, quando quatro pessoas, incluindo auditores fiscais do Trabalho e um motorista, foram assassinadas a queima-roupa em uma emboscada na zona rural da cidade enquanto investigavam denúncias de trabalho análogo à escravidão. As investigações apontaram os fazendeiros Antério e Norberto Mânica como mandantes do crime, tendo sido condenados a 100 anos de prisão, enquanto José Alberto de Castro e Hugo Pimenta foram condenados por terem contratado os atiradores.
Os únicos que cumpriam pena até o momento eram os três pistoleiros, Erinaldo Vasconcelos, Rogério Allan e William Miranda, que foram presos desde 2004 e condenados em 2013. Em janeiro deste ano, os crimes completaram 20 anos, e a chacina foi o marco para a criação do Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo.
A TV Brasil também cobriu a reportagem sobre a prisão de Hugo Pimenta, fornecendo informações adicionais sobre o caso. No entanto, as circunstâncias exatas da prisão e outros detalhes relacionados ao caso ainda estão sendo investigados. A prisão de Pimenta representa mais um passo na busca pela justiça para as vítimas da Chacina de Unaí, um dos eventos mais trágicos da história recente do Brasil.