Esses dados estão presentes no último Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids divulgado pelo Ministério da Saúde. O órgão ressalta a importância de manter a atenção em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), especialmente durante o carnaval, onde há um aumento no número de relações sexuais desprotegidas.
O coordenador-geral de Vigilância de HIV, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Artur Kalichman, destaca que a pasta trabalha em conjunto com estados e municípios para prevenir a infecção pelo HIV, por meio da prevenção combinada. Essa abordagem inclui estratégias como o uso de preservativos, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição de Risco (PEP).
Além disso, o Ministério da Saúde investiu R$ 27 milhões no último ano para a aquisição de testes rápidos capazes de detectar sífilis e HIV em um único dispositivo. Também foram incorporados novos medicamentos antirretrovirais, incluindo formulações com duas drogas em um único comprimido, facilitando o tratamento das pessoas infectadas.
O representante do Unaids no Brasil, Renato Guimarães, reforça a importância do diagnóstico precoce e do início imediato do tratamento com antirretrovirais para controlar o vírus, evitando a progressão para aids e garantindo uma vida saudável para os infectados.
É importante ressaltar que os sintomas iniciais da infecção pelo HIV são semelhantes aos de uma gripe, o que pode dificultar a detecção. No Brasil, a identificação da infecção pelo HIV é feita por meio de exames laboratoriais e testes rápidos, disponíveis gratuitamente pelo SUS.
Com esses avanços e estratégias de prevenção combinada, o Brasil tem obtido resultados positivos na luta contra o HIV/aids, o que demonstra a eficácia das políticas de saúde implementadas nos últimos anos.