De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), 97% dos presentes à assembleia aprovaram o indicativo de greve escalonada. A primeira paralisação será de 48 horas, nos dias 20 e 21 de fevereiro.
O Sinal afirma que o governo não atendeu às principais reivindicações dos servidores do BC, como a exigência de nível superior para o cargo de técnico, a mudança de nome do cargo de analista para auditor e a criação de uma “retribuição por produtividade institucional”, similar à existente para os auditores-fiscais da Receita Federal.
Além da paralisação, os servidores decidiram entregar imediatamente os cargos comissionados, incluindo cargos de gerências e diretorias. Segundo o Sinal, a medida pretende provocar uma asfixia operacional e burocrática no órgão, como forma de pressionar o governo a atender às demandas da categoria.
A categoria reivindica um reajuste de 36% e reestruturação da carreira. Questionado pela Agência Brasil, o BC ainda não informou se a mobilização afetará o funcionamento de serviços essenciais do órgão, como as atividades de fiscalização e o funcionamento do Pix.
A paralisação ocorre em meio a uma operação padrão que teve início em dezembro de 2023, evidenciando o descontentamento dos servidores com as condições de trabalho e remuneração. A tensão entre os trabalhadores e o governo sinaliza a necessidade de um diálogo efetivo para buscar soluções que atendam as demandas do funcionalismo público e garantam a continuidade das atividades do Banco Central.
Diante desse cenário, a greve dos servidores do BC reflete a insatisfação da categoria e a busca por melhores condições de trabalho e remuneração, enquanto o governo enfrenta o desafio de lidar com as demandas do funcionalismo público em um contexto de ajuste fiscal e contenção de gastos. A expectativa é que as partes envolvidas busquem uma solução que concilie os interesses dos servidores e as necessidades do órgão, garantindo a prestação de serviços essenciais à sociedade.