A medida foi tomada com base em um pedido da Polícia Federal (PF) e teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação reúne elementos de diversos inquéritos em andamento no STF, especialmente aqueles que apuram a existência de uma milícia digital em desfavor da democracia e os que investigam a incitação e o financiamento aos atos golpistas de 8 de janeiro.
Além das prisões e busca e apreensão, o ministro determinou a proibição de contato dos investigados com outros suspeitos e ordenou a entrega de passaportes, com a vedação de se ausentarem do país. A gravidade da situação pode ser medida pela quantidade de núcleos de atuação apontados pela Polícia Federal, que disseminavam a narrativa de fraude nas eleições presidenciais para viabilizar uma intervenção das Forças Armadas.
Os seis núcleos de atuação identificados seriam: desinformação e ataques ao sistema eleitoral; incitação de militares a aderirem ao golpe de Estado; jurídico; operacional de apoio às ações golpistas; inteligência paralela; e oficiais de alta patente com influência e apoio a outros grupos.
A decisão do ministro e as medidas tomadas pelas autoridades competentes causaram reações em diversos setores da sociedade, com repercussão nas redes sociais e na imprensa. O caso promete se desdobrar nas próximas semanas, com novas informações e desdobramentos sobre a prisão dos suspeitos e as investigações em andamento.
O Supremo Tribunal Federal vem sendo palco de importantes decisões nos últimos meses, demonstrando sua atuação na defesa do Estado Democrático de Direito. Resta aguardar os desdobramentos desse caso e a continuidade das investigações para entendermos a dimensão e o alcance das supostas tentativas de golpe de Estado.