Além disso, o general manifestou preocupação com a possibilidade de vazamentos sobre a atuação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que estariam estrategicamente infiltrados no período eleitoral. Porém, sua fala foi interrompida por Bolsonaro, que pediu para que o assunto fosse discutido em particular.
Augusto Heleno expressou seu temor de que não haveria chances de revisão das eleições, e sugeriu que, se necessário, medidas drásticas deveriam ser tomadas antes do período eleitoral para evitar que acontecimentos indesejados pudessem impactar o resultado das eleições. Ele chega a propor a Bolsonaro um rompimento institucional para se manter no poder, afirmando que “as coisas têm de ser feitas antes das eleições”, e que, caso contrário, “vamos ter de agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas”.
Essas revelações geraram grande repercussão e preocupação no cenário político, principalmente devido à gravidade das declarações do general e ao contexto de investigações em andamento, como a Operação Tempus Veritatis, que foi deflagrada pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado.
Enquanto muitos se manifestam contra as declarações e demonstram preocupação com a possibilidade de rompimentos institucionais, outros defendem a liberdade de expressão e os direitos democráticos do general e do presidente, alegando que as falas foram tiradas de contexto e não refletem uma real intenção de golpe de Estado. A repercussão dessas revelações promete ser longa e controversa no cenário político brasileiro.