Essa decisão foi motivada pelo cenário de inclusão da Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo agravamento da epidemia de dengue em diversas regiões do país. A Takeda afirmou que está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, e que seus esforços estarão voltados para atender à demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. A empresa também anunciou a garantia de entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025, além de buscar soluções para aumentar o número de doses disponíveis no país.
A previsão é que o fornecimento global da vacina Qdenga atinja a meta de 100 milhões de doses por ano até 2030, incluindo a abertura de um novo centro internacional dedicado à produção de vacinas na Alemanha, previsto para ser lançado em 2025. Vale ressaltar que a decisão da Takeda não prejudica compromissos previamente firmados com municípios antes da incorporação da vacina ao SUS.
Em relação à vacinação, a Qdenga teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023, permitindo sua comercialização no Brasil. Em dezembro do mesmo ano, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina no SUS. A distribuição das doses para 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública está prevista para a próxima semana. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.
O Brasil enfrenta uma explosão de casos de dengue, levando o Distrito Federal e três estados, além do município do Rio de Janeiro, a decretarem situação de emergência. Na última sexta-feira (3), o Ministério da Saúde inaugurou o Centro de Operações de Emergências (COE) contra a dengue, em Brasília.