Campos Neto também abordou o tema das reformas acumuladas no passado e o impacto delas no crescimento econômico. Segundo ele, há um debate sobre esse assunto e é difícil dizer que o crescimento surpreendente apenas reflete um programa de transferência de renda, apontando que há vários componentes na dinâmica de crescimento econômico brasileiro.
O presidente do Banco Central também mencionou a força do mercado de trabalho no Brasil, destacando que a taxa de participação está voltando a subir, algo que não acontecia há bastante tempo.
No que diz respeito à questão fiscal, Campos Neto ressaltou a importância de insistir na meta estabelecida no arcabouço, enfatizando que o ministro Fernando Haddad tem feito um grande esforço para que isso aconteça.
Em relação aos Estados Unidos, o presidente do BC destacou que há “bastante ruído” em relação à dinâmica entre inflação e crescimento. Ele mencionou que os EUA continuam com surpresa positiva de crescimento e que os dados econômicos mais recentes no país vieram muito fortes.
Campos Neto também apontou que as condições financeiras americanas voltaram a ficar ligeiramente frouxas e que, com dados econômicos melhores, o Federal Reserve pode ter mais conforto em ser cauteloso e esperar um pouco mais antes de iniciar cortes de juros.
Além disso, o presidente do Banco Central ressaltou que existe um debate grande sobre a dinâmica de inflação americana e que, na sua visão, o componente de consumo tem tido impacto significativo no crescimento da economia americana. Ele destacou o efeito do consumo das famílias como fortíssimo para a contribuição do PIB nos EUA.
Dessa forma, as declarações de Campos Neto trazem reflexões importantes sobre a economia brasileira e as perspectivas para o crescimento no país, além de oferecer insights sobre a situação econômica nos Estados Unidos.