De acordo com a companhia de teatro, o Grupo Silvio Santos fez o fechamento dos arcos do imóvel, o que, segundo a mesma, configura “um ato ilegal” e uma “violência simbólica e concreta contra patrimônio material e imaterial tombado nas três instâncias de proteção (municipal, estadual e federal)”. A companhia alega que o Grupo “se antecipou à ação judicial”, uma vez que retirou a escada do imóvel que liga os arcos, sem a devida autorização da juíza responsável pelo processo.
Em seu perfil nas redes sociais, a companhia se manifestou, afirmando que o teatro-território tem a vocação de “abrir os abscessos fechados dos massacres políticos desse país”, e que está sofrendo “retaliação política” pela sua luta coletiva pela preservação do espaço em meio à especulação imobiliária na capital paulista.
Além disso, a companhia informou que um fato novo foi anexado ao processo: a destinação de verba pelo Ministério Público e Poder Executivo para a desapropriação do terreno no entorno do teatro, o que, segundo eles, muda o jogo. No entanto, o Grupo Silvio Santos, em uma ação precipitada, atravessou o próprio processo legal.
Vale ressaltar que o teatro foi projetado pela renomada arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi e foi considerado o melhor teatro do mundo pelo The Observer, jornal dominical do The Guardian.
Por fim, a Agência Brasil está tentando contato com os advogados que representam o Grupo Silvio Santos. O conglomerado do apresentador abrange várias empresas, como as emissoras de TV SBT e Alphaville, o Hotel Jequitimar, as empresas Sisan e Liderança, além da marca Jequiti.