O calor extremo e as ondas de temperatura de até 40ºC têm contribuído para a propagação rápida do fogo. Em particular, os incêndios em Viña del Mar e na região de Valparaíso se espalharam de forma descontrolada devido ao vento e às condições climáticas desfavoráveis. As chamas se tornaram letais devido à combinação das altas temperaturas com o vento favorável, o que acelerou a propagação do fogo em direção às áreas densamente povoadas da cidade.
Os incêndios se alastraram por estreitas ruas dos morros, causando explosões de carros estacionados e tornando a evacuação das famílias ainda mais difícil. Mesmo com avisos de evacuação enviados via celular, muitas pessoas optaram por permanecer em suas casas, o que contribuiu para o alto número de vítimas.
As autoridades também estão investigando a possibilidade de incêndios intencionais, já que a maioria dos incêndios florestais no Chile são causados por atos intencionais ou imprudência. A lei prevê penas de até 20 anos de prisão para os responsáveis por incêndios intencionais, porém, raramente os culpados são detidos em flagrante.
Nesse contexto de emergência, é evidente que o país enfrenta desafios não apenas na contenção do fogo, mas também na prevenção e no combate à causa da origem desses incêndios. Segundo o professor Castillo, a ocorrência de múltiplos focos simultâneos é considerada “totalmente anormal” e requer uma investigação aprofundada.
A tragédia dos incêndios florestais no Chile evidencia a urgência de medidas mais eficazes de prevenção e combate a incêndios, além de um reexame das políticas e leis necessárias para proteger o país de desastres semelhantes no futuro. Enquanto isso, autoridades e especialistas continuam trabalhando incansavelmente para conter o fogo e minimizar o impacto desses incêndios devastadores.