De acordo com Alan Fernandes, especialista em segurança e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o interesse nos celulares aumentou consideravelmente devido à especialização das quadrilhas em crimes digitais. Com a possibilidade de acessar dados financeiros e a crescente valorização dos aparelhos no mercado criminal, os celulares se tornaram o principal alvo dos criminosos. Além do interesse pelo próprio aparelho e suas peças, há o crescente aumento dos crimes devido ao acesso aos dados contidos nos smartphones, principalmente os dados financeiros.
Para se proteger de golpes, o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos, Adriano Volpini, recomenda uma série de cuidados básicos, como não anotar senhas em locais de fácil acesso e utilizar os mecanismos de proteção oferecidos pelas empresas de telefonia. Além disso, recentemente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou o aplicativo Celular Seguro, que permite aos usuários bloquear seus aparelhos em caso de furto ou roubo, coibindo ação de criminosos.
Além do furto de celulares, os cartões de crédito e as transações via Pix também se mostram alvos frequentes dos golpistas durante o Carnaval. O diretor da Febraban destaca a importância de verificar os dados de pagamentos via QR Code e orienta os usuários a configurarem limites para transações financeiras via Pix, a fim de evitar prejuízos em casos de golpes.
Caso o folião caia em algum golpe financeiro, é fundamental que a vítima registre um boletim de ocorrência o mais rápido possível, a fim de aumentar as chances de reaver os valores. Além disso, em caso de roubo do aparelho ou golpe com o cartão de crédito, é necessário entrar em contato com a instituição financeira o quanto antes para informar a movimentação ilegal e realizar o bloqueio do acesso.
A partir desse panorama, fica evidente a importância de tomar precauções e estar atento durante as festividades carnavalescas, a fim de evitar cair em golpes financeiros. A segurança nesse aspecto também depende da ação das autoridades e das instituições responsáveis, que devem oferecer suporte e apoio às vítimas de crime.
