Em casos mais graves, a cardiopatia pode exigir intervenção cirúrgica, que em alguns casos deve ser feita ainda na primeira infância. No Brasil, aproximadamente 30 mil novos casos de cardiopatia ocorrem a cada ano, dos quais 80% necessitarão de alguma forma de intervenção, seja por meio de cirurgia ou cateterismo terapêutico na infância, sendo 40% no primeiro ano de vida. A dificuldade de diagnóstico e tratamento para crianças com cardiopatia é um desafio, e o acompanhamento médico pode ser necessário ao longo de toda a vida.
A existência de cardiopatia congênita também pode ter impacto no crescimento, desenvolvimento motor, cognitivo e neurológico das crianças afetadas. Além disso, alterações no comportamento, déficit de atenção e hiperatividade podem estar presentes. A manutenção da saúde dessas crianças requer cuidados de uma equipe multidisciplinar, visando melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
O Projeto Pro Criança Cardíaca, desde sua fundação em 1996, já atendeu mais de 15.500 pacientes, com um aumento significativo no número de cirurgias de alta complexidade realizadas no ano passado. As cirurgias são realizadas no Hospital Pediátrico Pro Criança Jutta Batista, administrado pela Rede D’Or. Além das intervenções cirúrgicas, o projeto também oferece assistência social, incluindo cestas básicas, medicamentos, consultas e exames.
A atenção aos sintomas de doença cardíaca em crianças e adolescentes é crucial para um diagnóstico precoce e intervenção adequada. O acompanhamento médico ao longo da vida das crianças afetadas é fundamental para garantir a melhoria da qualidade de vida e a superação dos desafios impostos por essas condições médicas.