O coordenador do Departamento de Disfunção Miccional da SBU, Alexandre Fornari, explicou que a causa mais comum desse distúrbio é o mau funcionamento da bexiga, conhecido como bexiga hiperativa. Isso provoca uma urgência súbita de urinar, levando a vazamentos de urina. Esse problema afeta homens e mulheres a partir de meia-idade e pode ser agravado pela idade.
Em crianças, a incontinência urinária pode ser causada por problemas neurológicos ou pelo processo de aprendizado do controle da micção. Já nos homens, é mais comum em idosos e associada a problemas da próstata.
Nas mulheres, o tipo mais comum de incontinência urinária é o de esforço, que ocorre ao tossir, espirrar ou levantar peso. O maior fator de risco para as mulheres não é a gestação e o parto, como normalmente se acredita, mas sim a história familiar de perda de urina de esforço. O envelhecimento, o esforço e a qualidade do colágeno são fatores que contribuem para esse problema.
O tratamento varia de acordo com o tipo de incontinência urinária. Em casos de bexiga hiperativa, pode ser feito com fisioterapia e medicação, sendo que em 85% dos casos esses tratamentos são eficazes. Já para problemas de próstata, podem ser recomendadas medicação ou cirurgia. Para incontinência urinária de esforço, é indicada a fisioterapia ou cirurgia.
Fornari destaca que esse problema tem cura e que muitas vezes o processo de tratamento pode ser longo, mas sempre é possível encontrar uma solução. Além disso, há diversas maneiras de minimizar o impacto da incontinência, como o uso de fraldas, absorventes e dispositivos implantáveis.
Por fim, o médico orienta que tanto mulheres quanto homens que sofrem desse problema devem procurar um urologista, que é o médico especialista no trato urinário e capaz de indicar o tratamento mais adequado. Ele enfatiza que é raro encontrar uma situação que não tenha solução e que, quando necessário, existem formas de amenizar o impacto da incontinência urinária.