Em relação ao estado vizinho, Pernambuco, mais de 270 pessoas, entre banhistas e surfistas, necessitaram de atendimento médico após relatarem sintomas de intoxicação devido à maré vermelha, especialmente no litoral sul, entre os municípios de Maracaípe e Tamandaré. Os técnicos da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco (SES) e equipes municipais realizaram o levantamento e a análise dos prontuários dos pacientes que buscaram o hospital local, no período de 26 a 30 de janeiro. A análise preliminar identificou até o momento 278 casos suspeitos nos prontuários do Hospital Municipal. A secretaria orienta aos banhistas evitar a proximidade com os locais afetados e também com sinais como odor e coloração da água do mar, que podem sinalizar possíveis novos episódios.
A maré vermelha é um fenômeno causado pelo crescimento excessivo de algas que liberam toxinas, percebido na superfície da água pelo odor e pela formação de uma grande mancha que pode apresentar tons avermelhados, alaranjados, amarelados ou acastanhados. Entre os principais sintomas de intoxicação estão enjoo, diarreia, irritação e secura nos olhos, além de falta de ar.
O Instituto de Meio Ambiente destacou que mantém a recomendação para evitar a recreação e o banho em trechos do mar com coloração e odor diferentes. A SES de Pernambuco continuará monitorando a situação e orienta que a população esteja atenta ao odor e à coloração da água do mar, que podem ser indicativos de novos episódios de maré vermelha. A tendência é que a floração dessas algas diminua e, consequentemente, os casos de intoxicação também diminuam, porém a importância do monitoramento constante por parte dos órgãos ambientais é ressaltada, já que novos episódios podem ocorrer durante o verão.